Palmada não educa, sabia? 

Todos sabemos que os castigos físicos são métodos utilizados por muitas gerações para disciplinar, e há quem diga e acredite  que, por conta deles, tornou-se uma boa pessoa. 

Mas será mesmo que para ser uma pessoa melhor é preciso sentir dor, como já afirmou publicamente o novo ministro da Educação pastor Milton Ribeiro?

Em primeiro lugar é preciso considerar como as crianças aprendem e lembrar que um dos recursos de formação da personalidade e do padrão de aprendizagem das crianças é a imitação. 

Diante  desse aspecto do desenvolvimento infantil e do fato indiscutível de que os adultos são modelos para as crianças, vamos refletir sobre o elas podem aprender quando apanham? 

Podemos levantar algumas hipóteses para refletir sobre as consequências emocionais desses métodos , considerados infelizmente como disciplinares, para as crianças:  

  1. Tem autoridade aqueles que são maiores e mais fortes, pois podem usar a força física para conseguir o que desejam. 
  2. Agressões físicas são formas efetivas de resolução de problemas
  3. O respeito está condicionado à obediência 

Além disso, se a criança vivencia situações de agressão, mesmo que seja uma palmada, ela pode achar que é normal bater nas pessoas para conseguir o que se deseja e é muito capaz de começar a reproduzir esse comportamento em casa ou na escola quando os colegas “não obedecem” o que ela diz. 

No cotidiano da escola, muitas vezes é possível ouvir justificativas para atitudes agressivas entre as crianças, como: “Eu só bati nele porque ele não quis me emprestar o brinquedo”, como se a agressão pudesse ser justificada pela “não obediência”. 

Precisamos estar atentos porque as crianças vivenciam valores na interação com as pessoas, portanto se queremos criar filhos respeitosos e éticos, que elaborem formas assertivas de resolução de problemas, é necessário revermos os métodos que utilizamos para disciplinar, porque as palmadas podem trazer mais prejuízos do que ganhos para a educação dos nossos filhos. 

Educar uma criança não é tarefa fácil, muitas vezes pode ser  exaustiva, tanto do ponto de vista físico quanto emocional e psicológico. Há crianças que necessitam de mais atenção, e mais paciência também, mas nem por isso podem ter seus direitos de aprendizagem morais comprometidos no seio da família. 

É muito importante refletirmos sobre as consequências das nossas ações no processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças, especialmente porque na maioria das vezes os pais agem de forma agressiva, física ou verbal, em momentos de descontrole emocional, o que significa mais um exemplo negativo, pois demonstra para a criança que estão perdidos e que não sabem o que fazer com ela. 

Mas então, se não devemos utilizar as palmadas e os gritos, o que fazer para disciplinar as crianças

Temos algumas sugestões, que foram abordadas em outras publicações, como a importância de Pais atentos e conscientes e também dicas da Disciplina Positiva, que podem auxiliar aquelas famílias que desejam buscar metodologias não apenas para disciplinar, mas também para contribuir com a formação ética e moral das crianças. Para quem deseja colocar limites com afetividade e assertividade sugerimos também conhecer um vídeo com dicas no canal da escola no Youtube da escola e praticar a paciência, pois essa fase passa e certamente, por mais árdua que seja, deixará saudades.

 

Andrea Caram de Oliveira

Orientadora Educacional,  especialista em Desenvolvimento moral

Escola Meu Castelinho

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Itaim Bibi | Pinheiros • São Paulo • SP